Recentemente li num blog de divulgação de temas de desenvolvimento pessoal um texto
muito interessante a propósito da morte de quem amamos. Trata-se de uma analogia muito
simples, mas que ajuda a entender uma temática que habitualmente nos parece ser muito
complexa. Vejamos:
«Quando na praia observamos um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro,
vemos que, impulsionado pelo vento, ele vai ganhando o mar azul e parece ser cada vez
menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha
remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa, certamente exclama: “Já
se foi!”. Mas terá sumido mesmo? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco
continua do mesmo tamanho. E, talvez, no exato instante em que alguém diz: “Já se foi”,
haverá outras vozes, do outro lado, a afirmar: “Lá vem o veleiro!”
Assim é a morte. Quem está morrendo é como o veleiro partindo das praias deste mundo
material. Mas, do lado de lá, a pessoa é vista de outro ângulo, é vista chegando, e é recebida
com alegria. Do lado de cá, lágrimas caem ao vermos sumir na linha que separa o visível do
invisível, o amor que tanto nos foi caro. “Já se foi!” Mas, ao mesmo tempo, do outro lado,
alguém dirá: “Está chegando!” E lá é para sempre! A pessoa continua a mesma. Nada se perde,
a não ser o corpo físico, do qual não mais precisa. Ela chegou ao destino, levando consigo as
aquisições feitas durante esta vida.
No Prefácio da Missa dos Finados, afirma-se que “a vida não é tirada, mas transformada. E,
desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”. Assim, um dia,
todos nós partiremos, como seres imortais que somos, ao encontro d’Aquele que nos criou.»
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